O peso das conquistas: Escolhas, caminhos, despedidas

Com base no poema “Cota Zero”, de Carlos Drummond de Andrade, podemos iniciar uma importante reflexão acerca de grandes mudanças sociais que marcaram o século XX, época de grandes conquistas, mas também de atrozes consequências.

O capitalismo — em seu auge impulsiona o crescimento no setor industrial e a produção, assim, progride a todo vapor. Não foram poucas as invenções surgidas desde a Revolução Industrial, como o automóvel (mencionado no poema), o avião e o cinema. Os grandes avanços da ciência e da tecnologia foram responsáveis por um período de grande agitação no mundo moderno.

Em contraste com esse cenário de euforia, a preocupação com o ser humano perdia cada vez mais espaço. O homem como que apenas se dedica ao trabalho a fim de responder às exigências de uma sociedade consumista; com isso, danifica tanto o ambiente quanto a si próprio. As indústrias passam a fabricar avassaladoramente. O cidadão é obrigado se sacrificar para poder ter os produtos em casa.

Assim, a fabricação massiva de inúmeros produtos agride o meio ambiente, que sofre, entre outros fatores, com o desmatamento, a poluição e, por esses lamentáveis territórios, o ser humano traça o seu caminho de destruição. Tal decisão é justamente o que o poema critica de modo irônico, intrigando-nos.

Juliana Gaigher